Um dos maiores clichês é dizer que a maternidade não tem sentimento que explique. Mas é a pura verdade. Eu aprendi isso na prática. Na verdade, aprendo a cada dia. A maternidade é uma coisa que mostra sempre os dois lados e, incrivelmente mostra as duas pontas de um sentimento: um lado bom e outro ruim. Um lado positivo e outro negativo.
E a percepção desse sentimento caiu no seu colo como uma bomba. No meu caso, como uma caçamba de caminhão de brinquedo.
Outra calúnia da maternidade é dizer que a mãe tem que dormir enquanto a criança dorme. Mas quem é que prepara o café da manhã? Lava e passa a roupa da escola? Ou que guarda os brinquedo que ficaram espalhados na noite anterior?
Com esse pensamento, saiba que procuro praticar o famoso Milagre da Manhã de Hal Elrod. Claro, nem sempre consigo acordar às 5h, já que muitas vezes nem consigo dormir com tantas viagens ao quarto ao lado. Mas sempre acordo pelo menos 2 horas antes do Davi. Em uma bela manhã, depois de mais uma madrugada na luta, levantei e fui para minha “lista de tarefas antes da criança acordar” e uma delas era recolher os brinquedos.
Mas antes de contar o desfecho, preciso contar de onde surgiu o caminhão!
Em seu aniversário de dois anos, o Davi ganhou um caminhão de um dos tios. “Ananda, o pacote é tão grande que quase não coube no porta-malas!”. A princípio achei um exagero, mas quando vi logo pensei “onde vou guardar esse caminhão?”. Hoje agradeço muito tê-lo em casa!
Voltando à minha manhã regada a muito café após uma noite mal dormida, fui recolhendo os brinquedos e colocando-os na caçamba do caminhão gigante. Tudo recolhido, suspirei e aproveitar aquelas poucas horas com a casa organizada.
Continuei as tarefas de casa até que meu baixinho apareceu coçando os olhinhos e dizendo “bom dia, mamãe! quer mama!”. Essa é a hora de sentar e aproveitar o nosso café da manhã juntinhos. Porque depois ele irá brincar enquanto a mamãe continuará suas tarefas.
E aí que entra a caçamba. É aqui que eu descubro que apesar de todo o desespero, todo cansaço, a maternidade vale a pena.
Enquanto eu retirava a mesa, ouvi o já conhecido som da caçamba sendo erguida e os brinquedos espalhados novamente. Paralisei por uns poucos segundos e tomei a rápida decisão:
- “Meu Deus, acabei de arrumar tudo isso!”
- “Graças a Deus ele tem saúde e tem brinquedos para brincar!”
A maternidade é cheia de nos mostrar ambiguidade nas coisas. Nos atos. E nos pensamentos. E a sua beleza é exatamente essa: ela mostra o quanto as coisas podem ser bonitas. Podem ser simples. Tudo depende da forma como você encara. Dos pensamentos que dominam sua mente.
E, apesar de todo o cansaço da noite anterior e no pouco tempo que a casa ficou organizada, esse foi um dos melhores dias da minha vida. Não aconteceu nada de fantástico ou extraordinário, ou algo inovador que marcará para sempre essa data. Mas foi um dos melhores dias porque foi simples. Não optei pelo estresse. Optei pelo amor e por amar. E sabem do melhor? Essa escolha refletiu na forma que encarei a maternidade hoje. Na forma que encarei as responsabilidades da casa. E na forma que encarei o meu dia de trabalho.
E você? Qual pensamento você deixa dominar a sua mente? O bom ou ruim? O positivo ou o negativo?
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Amanda, parabéns pelo seu filho. A maternidade é assim mesmo.
Agora me tira uma dúvida. Vc tem como me falar qual a marca e modelo desse caminhão?? Estou atrás de um que quase não caiba no porta-malas, mas não acho.
Agradeço pela sua ajuda.
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Oi, Janaína! Obrigada! 🙂
Não vou saber te dizer a marca e o modelo. Foi presente de aniversário e não tem essa informação nele!